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14 novembro 2012

Quedas (orientações básicas) - ao solo (maneira correta de cair para evitar danos físicos) - deslocamento ou saída, vôo, parada ou aterrizagem - Segurança da corda (cabo) desde o solo


Quedas (orientações básicas)

Uma queda, durante uma atividade, é sem, sombra de dúvida, um trauma, não só físico como também psíquico. Hoje em dia, essa possibilidade está, de certa forma, banalizada pelos escaladores.

Em razão dos excelentes equipamentos e materiais atuais que mantêm quase todo o controle de uma queda, as pessoas esquecem que mesmo as melhores condições de segurança podem trazer perigo.

A equipe deverá saber empregar adequadamente e educadamente todos esses materiais. O mal uso ou o não uso de qualquer material (como o capacete ou uma cadeirinha) poderá ocasionar graves acidentes.

É óbvio que quem executa os procedimentos de segurança tem a responsabilidade de estar sempre atento e deter a queda de um escalador, bem como tentar realizar uma segurança de forma menos traumática possível.


Quedas ao solo

Quando se escalam blocos ou o começo de uma via, o escalador poderá cair diretamente ao solo. Antes que o primeiro escalador passe sua corda por algum ponto de segurança. O segurança tem de estar atento para poder fazer uma parada de emergência (fazer-se de porteiro, como chamamos o segurança no início de uma escalada) e auxiliar na amortização da queda. A parada ideal é fazer tomando pela cintura o que cai e acompanhando-lhe em sua descida (com seu descenso) oferecendo tensão com os braços e pernas para amortecer o impacto contra o solo. A eficácia de uma parada depende da altura, sendo de eficácia duvidosa ou relativa quando as mãos do segurança “porteiro” não chegam ao escalador. Não se deve parar uma queda agarrando pelas pernas, pois há o perigo de bater a cabeça ao solo de quem cai.

O escalador que cai deve tratar de se orientar durante a queda e inclusive impulsionar-se durante o descenso para aterrizar dentro de uma zona sem obstáculos. Se durante uma queda não temos a ajuda de um segurança (porteiro), o impacto deverá ser amortecido com as pernas e, na última fase da aterrizagem, em caso de uma queda muito forte, impulsionar a bacia para traz para cair amortecendo com os braços. Quem cai deverá saltar com as pernas meio abertas para evitar golpear-se com as costas e não fazer um bloqueio respiratório durante o impacto.



Em escaladas de paredes, nem sempre é possível empregar segurança de forma adequada partindo do solo e em escolas de escaladas em situações consideradas precárias. Muitos começos de rotas estão equipados de forma que não se deve levar em conta a distância de segurança.

Para equipar de forma adequada o início de uma rota, em um terreno ideal (paredes lisas), o primeiro ponto de segurança deverá estar a uns 3 metros do solo e do primeiro para o segundo a 1,5 m. Os imediatos devem seguir a uma distância de 2 m e depois de acordo com a necessidade. Quem sabe com essas distâncias iniciais a rota encontrar-se-á com extrema segurança e se elimina qualquer possibilidade de chegar ao solo em uma queda eventual ao longo do caminho.


Quedas em parede

As vias traçadas em paredes são extremamente boas, e, em alta montanha, a queda torna-se uma eventualidade, pois ela é difícil de se evitar, uma vez que é iminente e sempre teremos de tornar essa queda a mais controlada possível. A experiência em queda controlada em vias de escola é de suma importância para qualquer escalador (é considerada vias de escola aquelas previamente conhecidas e já equipadas), uma vez que limita qualquer possibilidade de seqüela grave. Por essa razão, essas escolas são chamadas de “escolas de vôo”. Chamamos de quedas controladas quando, no momento em que se inicia essa queda, pode-se preparar a trajetória, portanto, poderá ser feita uma boa intervenção (aterrizagem).

Uma queda se divide em três fases: deslocamento ou saída, vôo e parada ou aterrizagem.



1) Deslocamento ou saída: devemos levar em conta a qualidade do terreno, se é vertical ou inclinado (desplumado) e livre de obstáculos.

Nesse caso, não é necessário jogar os quadris para trás, pois só conseguiremos nos aproximar mais da rocha e termos uma chegada (um impacto) mais violenta contra a parede. Devido ao movimento pendular teremos de ter o cuidado de não deixar roçar a corda em uma aresta principalmente durante o vôo. Um caso particular de desprendimento é quando, de baixo de nós, existe uma saliência meio larga. Devemos desprender (sair) mais da parede para escapar dessa saliência (figuras 491, 492, 493 e 494), dessa forma, podemos evitar uma boa pancada ou costelada.

Nos terrenos inclinados, uma queda poderá ser problemática. Se for bastante acentuado o aclive, deverá escorregar com os pés, afastando-se da parede com as mãos ou descer de costas abaixo se perdermos o controle da caída.

As quedas inesperadas em posições não usuais, como em um teto, são as mais perigosas, sobretudo quando se leva somente o arnês (cadeirinha) de cintura. Nesse caso, procure encurtar a distância entre os pontos de segurança em decorrência dessas situações.

Outro desprendimento (saída) difícil de controlar é nas travessias, nas quais trataremos de saltar ou de correr em direção ao último ponto de segurança, saindo da parede o suficiente para não rodar (girar) sobre ela.

A posição da corda com relação a nossas pernas e nosso corpo é muito importante: existe um grave perigo de que, durante o vôo e a aterrizagem, as pernas se enganchem na corda provocando um giro que poderá lançar-nos com força total cabeça abaixo (figura 491 e 492). 

A corda deverá ser mantida entre as pernas em escaladas verticais; e por sobre o pé ou sobre a coxa quando escalamos em diagonal. Isso evitará que, ao cairmos, enganchemos uma perna ou um pé. Devemos lembrar que o pé ou a perna precisa permanecer entre a corda e a parede.


2) Durante um vôo: o escalador deverá ir tomando uma postura encurvada, separando e flexionando as pernas e braços como uma “postura felina” para o impacto. Os músculos se contraem preparando para o choque; não deverá tentar se agarrar a pontos de segurança ou a uma corda que vá sentido contrário, pois, em primeira estância, são queimadas as mãos. (figuras 493 e 494)

O companheiro que faz a segurança deve estar atento e preparado, deixando mais ou menos folgada a segurança em função da velocidade da queda, para evitar o choque do escalador contra qualquer obstáculo como rebarbas de pedras, blocos ou bordas de tetos, além do segurança evitar que alguma coisa caia sobre si.


3) Durante a aterrizagem: durante o impacto a maior responsabilidade é das pernas; as mãos podem ajudar para que o rosto não vá de encontro à parede ou à rocha. Treinam-se quedas para se adquirir reflexos de atuação. Esses procedimentos devem ocorrer em vias devidamente equipadas e sem perigo de choque (quedas curtas, terrenos verticais ou extra-prumados e com altura suficiente); os usuários de quedas devem atuar sob supervisão, preferencialmente em cursos ou com pessoas experientes.







Primeira segurança de corda (cabos)

O escalador que faz a sua segurança desde a ancoragem deve controlar todo o sistema de segurança para deter uma possível queda do que avança sobre sua cabeça, é também de sua responsabilidade manter a corda suficientemente folgada ou tensa para poder permitir a liberdade de movimentos de quem estiver subindo (ascendendo), sem deixar que sua queda termine no solo, em uma marquise ou em um obstáculo qualquer.

O que escala primeiro, para o seu próprio interesse, poderá orientar o segurança sobre sua conveniência ou não em tencionar a corda segundo suas necessidades. Já vimos que há casos em que se poderá ser necessário deixar uma folga maior. Em primeiro lugar, também tem de assumir suas responsabilidades e colocar seguranças de forma que uma queda nunca chegue a ser crítica (fator 2) ou perigosa (grande altura ou possível choque contra uma rocha). Em definitivo, a atenção do segurança é tão importante quanto ao do escalador para ter a situação sob controle.

A importância da frenagem dinâmica já foi vista em assuntos anteriores; recordemos, rapidamente, que, para se fazer um freio de forma dinâmica com qualquer dispositivo de freio, não se deve fazer nada de especial, só se submeter a uma corda, pois, com a força acumulada em uma queda importante (grande), o freio deixará deslizar a corda por uma forte pressão submetida às mãos.


Segurança realizada desde o solo

O início de uma rota (via) compreende desde a primeira ancoragem até a única que é o caso de vias com declínio (figura 496).

Estar em solo supõe, psicologicamente, uma realização que, às vezes, resulta em desinteresse e distração, isso são causas de numerosos acidentes.

O sistema de freio é colocado na cadeirinha do segurança e ele deverá analisar sua posição de segurança, pensando no que sucederia ante uma queda do escalador e como seria projetado por uma tensão na corda em função de suas conclusões e sempre pensando em uma situação desfavorável. O segurança deve atrelar-se a um ponto de ancoragem ou se posicionar de modo que evite desequilíbrios, projeção contra parede e controle sobre a corda. Atar-se é imprescindível para o segurança de pouco peso “peso pena” ou se a situação de segurança está posicionada no começo da via. (figura 495)

O escalador, por sua vez, procurará assegurar-se de forma a evitar chegar ao solo se cair, pois é fácil fazer uma apreciação (previsão) errônea em altura, já que a altura real de uma queda é mais do que o dobro (aproximadamente o triplo) da distância do escalador e a primeira segurança, devido ao alongamento da corda, à segurança dinâmica e à mobilidade do escalador na ancoragem. Essa movimentação do segurança também poderá ser uma vantagem para evitar um perigoso impacto estando o segurança atento ele poderá afastar-se ou dar um pequeno salto descida abaixo para fazer parar a queda. (figura 496)








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