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05 novembro 2012

Procedimentos aplicados antes do salvamento - Planos de ação da ocorrência - Recursos material e pessoal - Aparelhos para monitoramento - Tóxicos - Ventilação - Preparo da instalação subterrânea - Planta baixa - Perigos internos - Escoramentos - Iluminação - Comunicações - Estrada da equipe de resgate


Procedimentos aplicados antes do salvamento
Nessa fase, os materiais necessários para a realização das operações de salvamento devem ser logo solicitados.

Planos de ação da ocorrência
Relativamente simples, o plano de ação da ocorrência não precisa ser escrito, mas deve ser um plano. Quanto maiores são as  operações mais complexas devem ser escritas e devem refletir o sistema de gerenciamento da ocorrência. O plano deve ser finalizado e comunicado por HT a todos os envolvidos na operação.

Enquanto o plano original deve ser suficientemente simples para a acomodação de possíveis ajustes, um plano alternativo deve estar disponível em caso que algo inesperado ocorra para invalidar o plano.

Se a informação recebida, durante as análises primária e secundária, foi algo não claro ou confuso ou se algo subseqüente ocorreu como uma explosão secundária ou colapso maior, mudanças de situação significantes, o plano secundário deve estar pronto para ser desenvolvido. Se, repentinamente, for necessário salvar as guarnições, plano secundário deve estar pronto.


Recursos material e pessoal

Os recursos consistem de pessoal e equipamentos. São criteriosamente importantes para o sucesso das operações.

Se existe pouco pessoal ou se o pessoal não está treinado suficientemente para operações de salvamento mesmo com o melhor equipamento do mundo, eles não realizarão o serviço. Igualmente, o nível mais alto de treinamento e socorristas motivados não são requisitos suficientes para cumprir a tarefa se eles não tiverem as ferramentas e equipamentos necessários.

Os recursos reunidos no local devem refletir o plano de ação da ocorrência. Mas quanto antes definido, o pessoal e equipamentos na resposta inicial são insuficientes para o salvamento, o responsável pela ocorrência deve solicitar recursos adicionais. Se as solicitações forem feitas logo, rapidamente chegarão ao local onde são necessários. Se o comandante, inicialmente, encontrar-se inseguro sobre o tipo e/ou quantidade de equipamentos que serão realmente necessários, deve chamar tudo que poderia ser preciso. Os recursos que provaram ser desnecessários podem ser devolvidos aos postos de bombeiros ou regressarem quando estiverem a caminho do local da ocorrência.

Dependendo da natureza e extensão do salvamento, o número de socorristas pode variar. Todavia, mesmo um salvamento relativamente simples de uma vítima de uma instalação subterrânea pode envolver de 8 a 10 socorristas: dois socorristas como guarnição de entrada, dois socorristas como guarnição reserva, um técnico em emergências médicas, um responsável pela segurança ocupacional, um comandante (oficial ou graduado) e dois ou três profissionais para montar e operar equipamentos no local de emergência. Obviamente, quando o número de vítimas e a complexidade do salvamento crescer, o número de socorristas deve aumentar também.

O montante e tipos de equipamentos necessários irão variar com a natureza e extensão do salvamento. O local previamente descrito poderia exigir uma guarnição de Auto Bomba Salvamento (ABS), um oficial de área e uma Unidade de Resgate (UR).

Ocorrências mais complexas podem solicitar viaturas especializadas tais como: Auto Salvamento Especial (ASE), Comando de Operações (CO), veículo com cilindros e recarga de ar respirável, Produtos Perigosos (PP).

A atmosfera dentro de uma instalação subterrânea pode ser avaliada com a retirada de uma amostra pelo lado de fora do local,  antes da entrada do socorrista, e deve ser continuamente monitorada enquanto eles permanecem na instalação. A informação obtida por amostragem da atmosfera ajuda a determinar a necessidade de ventilação mecânica e o tipo de proteção respiratória requerida para cada guarnição. Se as leituras mudarem para pior, após os socorristas terem entrado no local, deve-se reavaliar a situação. Será prudente aguardar até a ventilação mecânica proporcionar uma atmosfera mais segura antes da reentrada.


Os aparelhos para monitoramento, devem estar calibrados para:

- concentração de oxigênio = deve ser autorizada a entrada no local até a ventilação de níveis de oxigênio abaixo de 23,5%;

- faixa de explosividade = todas as fontes de calor e ignição devem ser iluminadas e o monitoramento de vapores explosivos a 10% do limite inferior de explosividade (LIE); o local deve ser ventilado imediatamente.


Tóxicos:
Os gases ou vapores tóxicos devem ser dispersos por ventilação, eliminando as fontes de contaminação. Cuidados com a roupa e equipamentos contaminados, mesmo após 72 horas após o atendimento da ocorrência, devem ser mantidos. O comandante deve trabalhar para reduzir, ao máximo, os riscos de contaminação dos socorristas e vítimas.

Ventilação:
Por causa das aberturas nas instalações subterrâneas serem relativamente pequenas e naturais, a ventilação sempre será, de alguma forma, ineficiente. Isso significa que a ventilação mecânica deve ser empregada. Assim teremos duas formas de ventilação mecânica: positiva e negativa. A forma escolhida deve ser baseada na situação e equipamentos disponíveis no local. A ventilação mecânica deve ser usada de acordo com a direção do vento e nunca ir contra o vento.

A ventilação positiva ou pressão positiva envolve a criação de uma leve pressão dentro das instalações por causa da colocação de ventiladores ou infladores no lado de fora da entrada do local, levando ar fresco para dentro da instalação subterrânea. Para o sucesso dessa ventilação é necessário observar a distância correta da entrada até o final da instalação. A abertura de saída deve ser de ¾ a 1 ou uma vez e meia o tamanho da abertura de entrada.

A ventilação negativa envolve a colocação de um ejetor de fumaça intrinsecamente seguro para exaustão do ar contaminado do local.

A abertura da saída não ocupada pelo aparelho exaustor deve ser preenchida ou coberta com capa de salvatagem ou material similar que previna contaminação para uma boa exaustão.


Preparo da instalação subterrânea:

Logo após os recursos necessários terem sido reunidos no local de emergência e a atmosfera dentro da instalação subterrânea ter sido monitorada para uma entrada mais segura, as características da instalação devem ser revisadas antes das equipes de socorristas iniciarem os trabalhos internos. Isso pode envolver a sinalização de áreas de travessia ou trânsito, a identificação e confinamento de materiais perigosos no local, limites da instalação e fornecimento de iluminação intrinsecamente segura dentro da instalação subterrânea.

Planta baixa:
A configuração interior ou plantas da instalação pode demonstrar os perigos para os socorristas. Locais dentro da instalação no piso que podem provocar quedas ou escorregamentos tais como: chão molhado, coberto por fina poeira, tubulações ou valetas. Pisos escorregadios levam os socorristas a lugares mais estreitos e úmidos. Todos os perigos potenciais devem ser marcados e sinalizados com fitas ou cordas. O cabo da vida usado por socorristas é uma medida de prevenção importante.

Perigos internos:
Representam perigos internos as linhas elétricas energizadas, maquinários, canos, válvulas, mecanismos de nivelamento, controles de voltagem, chaves seletoras de energia, canos com gás natural ou liquefeito de petróleo, rede de esgoto e estação de tratamento de dejetos e afluentes.

Escoramentos:
As explosões e calamidades naturais podem danificar ou enfraquecer as estruturas da instalação subterrânea, que, normalmente, causam colapso total ou parcial. Se houver alguma questão sobre a integridade estrutural no local, haverá necessidade de escoramento de segurança para os socorristas e seus serviços.

Iluminação:
Muitas instalações subterrâneas possuem pouca ou nenhuma iluminação interna. Os profissionais de salvamento devem estar preparados para fornecer a iluminação que necessitam para as tarefas.

Atmosferas inflamáveis exigirão o uso de equipamentos de iluminação intrinsecamente seguros. Se a energia é fornecida por gerador portátil, cuidados devem ser tomados para não permitir a fadiga do motor e o ar voltar a ficar contaminado.

Comunicações:
Por causa da presença da instalação subterrânea, os salvamentos podem envolver tudo, desde espaços pequenos, facilmente acessíveis aos espaços complexos com muitas paredes e barreiras para a comunicação. A forma de comunicação pode variar, consideravelmente, envolvendo comunicação de voz direta e face-a-face.

As chamadas não atendidas serão reduzidas desde que se possa ouvir bem a voz do outro, mesmo não o enxergando.

O cabo da vida deve estar preso no corpo do socorrista para puxá-lo, em caso de emergência, e também funcionará como meio de comunicação, conforme mencionado na Unidade I.

O telefone celular promove seu valor como sistema de comunicação e transmissão de dados por viva voz ou “fac símile” (FAX).

Os rádios portáteis (HT) são os meios mais usuais de comunicações nos serviços de bombeiros. Os mais modernos possuem várias canaletas, “scanners”, e múltiplas freqüências e linhas telefônicas privadas.

Entrada da equipe de resgate:
Os bombeiros que realmente entrarão nas instalações subterrâneas para efeito de salvamento devem ser reunidos, ao redor daqueles que trabalharão fora do local e serão responsáveis pelo apoio e suporte dos socorristas internos. O comandante é responsável pela integração das duas equipes: a guarnição de entrada e a guarnição reserva externa.

A guarnição de entrada que não atua onde o espaço cabe apenas um socorrista não deve ser autorizada a entrar em instalações subterrâneas individualmente, no mínimo. As equipes serão compostas por dois socorristas, os quais estarão apropriadamente vestidos e equipados para as condições internas e para a natureza do trabalho. A guarnição estará ciente dos riscos e perigos que irá enfrentar.

A guarnição reserva deve ser plenamente preparada e equipada pronta para entrar, se a primeira guarnição estiver com problemas.

Composta com o mesmo número de profissionais da primeira guarnição, essa equipe deve possuir o mesmo nível de equipamento, treinamento e experiência.



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