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04 novembro 2012

CAPÍTULO 7 TÉCNICAS DE SALVAMENTO - na vertical com maca e redutores - Materiais empregados na operação - Atribuições e técnicas empregadas pelos componentes da Guarnição passo a passo (Chefe de guarnição e Auxiliares 1, 2, 3, e 4)



Técnica de salvamento na vertical com maca e redutores


O salvamento com o emprego da maca no plano vertical só será empregado, quando da impossibilidade de se retirar a vítima pelas vias normais (escadas, elevadores), e quando a vítima apresentar lesões de coluna ou de membros inferiores, sendo sua retirada permitida apenas por meio do uso da maca e pela face externa das edificações.

Para implemento dessa técnica, a guarnição deve ser composta por 5 (cinco) socorristas: o chefe de guarnição e os auxiliares n.º 1, n.º 2, n.º 3 e n.º 4.


Materiais empregados na operação

- 1 (uma) maca tipo berço ou plana;
- 3 (três) cabos da vida (solteiro);
- 10 (dez) mosquetões;
- 1 (uma) corda para sustentação da maca de 6 (seis) a 8 (oito) metros;
- 2 (duas) cordas que servirão como cabos guia (estais);
- 1 (uma) corda permeada para a descida da maca.


Atribuições dos componentes da guarnição

Chefe de guarnição

- coordena a operação;

- mune-se de 10 (dez) mosquetões;

- engancha 6 (seis) mosquetões nos nós de azelha da amarração da maca (dois a dois);

- verifica a inclinação da maca;

- engancha dois mosquetões no lais de guia do cabo de sustentação que vem do andar ou do ponto superior;

- engancha mais dois mosquetões no ponto fixo para desviar o sentido da força de descida da vítima na maca, atribuição que poderá ser executada pelo auxiliar n.º 1 dependendo da situação ou da decisão do chefe;

- corrige a altura do nó do cabo de sustentação que vem do andar ou ponto superior;

- auxilia na colocação da vítima na maca;

- passa o cabo dobrado pelo ponto de sustentação e fixa-o aos mosquetões da amarração da maca por meio do nó lais de guia;

- auxilia o n.º 2 a erguer a maca, para corrigir a altura e dar início a retirada;

- orienta os auxiliares n.º 3 e n.º 4, quanto ao posicionamento e inclinação da maca;

- orienta o auxiliar n.º 1 quanto à chegada da maca ao solo.


Auxiliar n.º 1

- mune-se de 2 cabos da vida e da corda permeada (dobrada);

- fixa um cabo da vida na maca e dá um nó de azelha no seu seio formando uma alça (à altura do joelho);

- auxilia o n.º 2 a transportar a maca;

- faz a amarração em um ponto seguro, para o desvio de força;

- auxilia na colocação da vítima na maca;

- executa a descida da maca, tomando posição segura.


Auxiliar n.º 2

- mune-se de um cabo da vida e um cabo solteiro de 6 (seis) a 8 (oito) metros (cabo de sustentação);

- fixa um cabo da vida na maca e da o nó de azelha nesse cabo (à altura do joelho);

- auxilia o n.º 1 a transportar a maca;

- fixa o cabo de 6 (seis) a 8 (oito) metros, cabo de sustentação da maca, no andar superior já com um lais de guia pronto;

- auxilia na colocação da vítima na maca;

- lança os estais da maca ao solo.


Auxiliares n.º 3 e 4

- munem-se, cada um, com os cabos dos estais;

- fixam os estais na maca executando o nó volta do fiel pela
ponta;

- guiam a descida da maca evitando choque contra a parede ou obstáculo;

- recolhem a maca, antes que ela toque o solo.


Técnica empregada pela guarnição

O chefe de guarnição determinará aos auxiliares n.º 1 e n.º 2 que providenciem as amarrações da maca.

Os dois, ao mesmo tempo, munem-se dos cabos da vida e tomam posição em lados contrários da maca, dobram cada um de seu cabo da vida ao meio, levam os seios dos cabos até o centro da maca conservando-os no meio dela, sendo que um desses deverá passar cerca de 15 cm do centro pré-estabelecido.

Em lados contrários, agacham-se, colocando o joelho esquerdo e o direito de um e outro sobre o cabo para facilitar as amarrações e evitar, com isso, que o cabo corra.

Executam voltas do fiel nas extremidades da maca (pé e cabeceira), um nó em cada lado da maca. Tomam posição nas extremidades da maca e, apoiando um dos pés sobre ela, na altura do joelho com o seio do cabo à mão executam o nó de azelha, depois de executadas as amarrações falam: “pronto à amarração da maca”.

O chefe de guarnição coloca os 6 (seis) mosquetões, dois de cada vez nas alças do cabo e verifica a inclinação da maca. Trava e inverte os mosquetões, deixando os que vão ser colocados no cabo de sustentação para travá-los e invertê-los logo após.

Os auxiliares n.º 3 e n.º 4 providenciam a amarração dos estais na maca (colocando-se lado a lado, executam o nó fiel nos punhos laterais das extremidades opostas à maca), e os colocam dentro dela para facilitar o transporte.

Enquanto estão fixando os estais, o auxiliar n.º 1 mune-se de um cabo da vida e do cabo guia dobrado; e o n. º 2 mune-se do cabo de sustentação.

Quando os auxiliares n.º 3 e n.º 4 derem o pronto às amarrações dos estais, os auxiliares n.º 1 e n.º 2 transportam a maca para o local onde se encontra a vítima (empunhando os estais e o punho da maca junto às amarrações).

O auxiliar n.º 1 faz a amarração do ponto de desvio de força, podendo fixar os 2 (dois) mosquetões, atribuição essa do chefe de guarnição.

O auxiliar n.º 2 sobe um andar ou ponto superior para fixar o cabo de sustentação (executa um lais de guia na extremidade desse cabo).

O chefe de guarnição corrige a altura do cabo de sustentação e coloca 2 (dois) mosquetões no nó que o auxiliar n.º 2 executou.

O chefe e os auxiliares n.º 1 e n.º 2 colocam a vítima na maca.

O chefe passa o cabo guia no ponto de sustentação, dá um nó lais de guia na extremidade do cabo e o fixa na maca. O auxiliar n.º 1 prepara-se para descer a maca. O auxiliar n.º 2 lança os estais. Os auxiliares n.º 3 e n.º 4 recolhem e guarnecem os estais.

O chefe e o auxiliar n.º 2 suspendem a maca para ajustar a altura desejada.

O auxiliar n.º 1 dá tensão ao cabo guia e dá o pronto, em seguida faz a descida da vítima na maca.

O chefe permanece orientando o auxiliar n.º 1 até que a maca chegue ao solo.

Os auxiliares n.º 3 e n.º 4, durante a descida da maca, caminham em direção a ela, sustentando-a para não chocar com qualquer obstáculo ou mesmo contra a parede, recolhendo-a antes que ela toque o solo (figura 244).

O chefe comanda o desarmamento da operação.

Os auxiliares recolhem o material e, por fim, o chefe dá por
encerrado o salvamento.






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