25 março 2012

Nós autoblocantes

Esses nós também conhecidos, vulgarmente, como nó “prusik” por ser o nome do auto-blocante mais conhecido. São confeccionados com cordeletes, cordas ou fitas auxiliares, que se colocam em volta de uma corda principal. Ao serem submetido a cargas, pressionam e se bloqueiam, para aliviá-los se faz necessário eliminar a tensão e movê-los com a mão.

Sua realização consiste em envolver a corda principal mediante várias voltas ou estrangulamentos, de modo que procurem a fricção e sujeição necessárias. Em todos esses nós, as voltas deverão ser colocadas paralelas para o seu correto funcionamento.

A capacidade de bloqueio desses nós está em função de vários fatores: o nó utilizado, a diferença de diâmetro entre as cordas, a flexibilidade do cordelete que servirá de auto-blocante, a textura da capa das cordas, o número de voltas do nó e se estão bem encaixados e, por último, se as cordas estão secas, molhadas ou oleadas.

São mais utilizados remontados em cordas fixas, para auto-segurança em atividades de rapel e manobras. São, portanto, nós imprescindíveis para realizar qualquer manobra de salvamento.

Para suavizar um cordelete, pode-se optar por fazê-lo mais flexível para que funcione de forma eficiente como autoblocante. Podemos anular uma alma que soma um total de 20% (arregaçar a capa, cortar a alma e voltar à capa envolvendo o restante da alma), não se esquecendo de manter intacta a capa. Com esse truque, pode-se utilizar cordas de até 9 mm. Com alguns nós, se consegue um perfeito rendimento.

O diâmetro mínimo dos cordeletes para fazer esses nós é de 6 mm. Cordeletes mais finos não devem (não deveriam) ser utilizados por sua debilidade de resistência e o perigo de ruptura, em caso de deslizamento, é bem maior, em razão de seu diâmetro e de sua resistência serem menores.

Portanto, todas as manobras poderiam ser feitas em condições normais, com só um ou dois nós desse tipo, porém, é necessário saber algo mais para dinamizar o rendimento e segurança das manobras.

Sofre com as diversas aplicações, como a qualidade ou quantidade do material disponível, o estado das cordas, das condições climáticas, etc.

Existem muitos nós auto-blocantes, porém, pelas suas características particulares, cada um apresenta uma boa aplicação, no entanto, diferentes.

Vejamos alguns desses nós:


Machard com uma alça

Esse nó se bloqueia em uma só direção e funciona muito bem inclusive sobre cordas molhadas ou oleadas. A resistência do cordelete só se aproveita, em média, 50%. O nó superior funciona como uma polia, e o inferior deve descer com a alça curta para melhor bloquear. Esse nó deverá ter entre 6 e 7 voltas. É prático para ascensão em cordas fixas, auto-segurança em rapel e manobras de resgate.

marchard com uma alça


Machard com duas alças

Variante bidirecional do nó anterior (trabalha nos dois sentidos) se afrouxa muito bem quando não está com sobrecarga; aproveita a resistência do cordelete em 100%.
As alças que se engancham, no mosquetão, deverão ser as mais curtas possíveis, para que o nó não se estire (se abra) sobre a corda e bloqueie corretamente. É recomendado com 7 voltas; nó muito prático e importante para auto-segurança em rapel, ascensor para cordas fixas e todo tipo de manobras, recomendado também para ser empregado em sistema de polias em cordas fixas.

marchard com duas alças


Sistema autoblocante com mosquetão (Bachimann)

Nó unidirecional que se desbloqueia e se desfaz com muita facilidade tirando o mosquetão. É prático para ascender por cordas fixas, porém para outros usos como auto-segurança em rapel é deficiente, já que, instintivamente, tende a se agarrar ao mosquetão anulando sua capacidade de bloqueio.

sistema autoblocante com mosquetão (bachimann)


Sistema autoblocante com mosquetões e com cordelete simples
Nó unidirecional similar ao anterior, porém realizado com um cordelete simples, que funciona sobre qualquer diâmetro de corda.
Muito importante quando dispomos apenas dos extremos (chicotes) de nossa corda.

sistema autoblocante com mosquetões e com cordelete simples


Sistema autoblocante trançado (Valdostano)
Esse autoblocante unidirecional é sempre eficaz e afrouxa com facilidade. É necessário conhecê-lo, já que, eventualmente, alguns desses nós podem funcionar com fitas e sua capacidade de bloqueio depende muito do tipo de fita ou da corda que se coloca sobre a que atua. Para realizá-lo, primeiro é necessário dar duas voltas simples (não vai fazer diferença se as cordas empregadas forem duplas), em seguida é só trançar o resto, alternando a passagem da corda uma sobre a outra, até completar umas 7 voltas. Pode ser realizado com cordeletes. Esse nó bloqueia cordas molhadas e de igual diâmetro.

sistema auto-blocante trançado (Valdostano)


Nó Valdostano (Penberthy)
Nó bidirecional que poderá ser feito com uma ponta de uma corda ou com uma alça. Afrouxa-se com facilidade e é muito prático para manobras de cordas. Deverá ser confeccionado com, no mínimo, 7 voltas.

Nó Valdostano (Penberthy)


Nó Belunês (nó italiano)

Nó unidirecional muito interessante já que bloqueia bem cordas de igual diâmetro. É feito com uma extremidade de corda e com pouca  distância. É útil quando o único meio disponível é a própria corda,  podendo ser utilizado também um cordelete mais grosso.
Sua confecção é de sentido contrário em voltas, tornando o
chicote e prendendo o cabo principal do nó, como mostram as figuras 718, 719 e 720. Pode-se fazer mais ou menos voltas, dependendo da  capacidade de bloqueio que se deseja. Esse nó poderá deslizar sobre cordas muito novas ou estáticas.
O chicote de introdução nas voltas deve ser passado entre o cabo principal e essas voltas, observando que o chicote deverá ultrapassar 50% das voltas dadas.

nó belunês (nó italiano)


Nó Taut-lani
Nó unidirecional, autoblocante, empregado para bloquear uma corda à outra de mesma bitola. A base da sua confecção é o nó volta  do fiel, bastando apenas o acréscimo de uma volta a mais nos dois sentidos da sua execução. Observar que, na extremidade (chicote), deverá ser confeccionado um nó de arremate.

nó taut-lani


Nó de mula

É um nó de trava básica, que pode ser realizado sobre qualquer sistema de freio ou, direcionalmente, sobre qualquer mosquetão principalmente quando se emprega o nó dinâmico como disposto nas figuras abaixo. Pode ser realizado em qualquer sentido, pois se desbloqueia com facilidade. Deve-se ter atenção, pois ele poderá desfazer-se acidentalmente. Observar a existência do cote no nó.

confecção do nó de mula


Nó de segurança Lorenzi (volta)

É uma variante do nó UIAA, visto no sistema anterior, tem a mesma aplicação; sem a presença de um dos mosquetões poderá ter ação diferente, podendo ser bloqueado de baixo e deve-se estar atento ao desbloqueio, já que não existe freio algum por ação sozinho. Na sua aplicação, a vigilância deverá ser redobrada.

nó de segurança Lorenzi (volta)


Nó para tensão (recurso improvisado)

Utilizado para se conseguir tencionar, de forma sensível, uma corda sem emprego de material auxiliar. Também utilizado para fazer tensão entre as ancoragens, cordas fixas, tirolesas, etc. É chamado de passabloc (passagem de bloqueio automático). Sua tensão se desfaz facilmente, simplesmente manipulando-o sem desfazer nenhum dos nós.
Também chamado de sistema fechado de bloqueio e tensão.

nó para tensão (recurso improvisado)


BOMBEIROSWALDO...

NÓS E ENTRELAÇAMENTOS EM INSTALAÇÕES ( enfraquecimento )

Nós e entrelaçamentos – generalidades

Um profissional habitual (prático) conhece, normalmente, uma série de nós e entrelaçamentos, porém, para levar a termo a mais complexa manobra de salvamento, necessita conhecer um pouco mais.
Devemos fazer um repasse geral de alguns nós, fazer algumas observações sobre suas peculiaridades e o uso idôneo. Sabemos que existem mais nós que os já citados no Manual Profissional dos Entrelaçamentos e que estes são mais do que suficientes para superar  qualquer eventualidade. Os nós recomendados são os que demandam a experiência, e os mais praticados são os que devem ser usados dentro de cada situação encontrada. Devemos levar em consideração que é melhor saber poucos nós, porém com a convicção da sua aplicabilidade, do que conhecer muitos e não saber aplicá-los, para  tanto, devem que ser praticados e só utilizar aqueles que estamos totalmente familiarizados.
Um nó reduz a resistência nominal de uma corda em uma porcentagem que varia segundo o nó aplicado. É importante levarmos em consideração que, quando as cordas estão sob grandes cargas ou estão sob tensões constantes, são consideradas fracas de resistência (perda de resistência = PR).
Não podemos relacionar, na íntegra, os fatores de resistência, já que ela resistência varia em razão de diversos fatores.
Qualquer nó que trabalhe corretamente e divida bem a tensão em toda massa da corda intervém em si mesmo, pois este devendo estar bem confeccionado. Deve-se prestar atenção em deixar as voltas paralelas e encaixadas no corpo do nó.
Como podemos veremos na figuras à seguir, o mesmo nó tem em ocasiões iguais diferente aplicação, pois mudamos a maneira (forma) de confeccioná-lo: entrelaçamos pelo seio ou pelo chicote.
Quando entrelaçamos pelo seio, desprezamos as extremidades da corda e elas, por sua vez, nem sempre terminam iguais; e quanto ao entrelaçamos pelo chicote, ele começa e termina a sua confecção por  uma das extremidades, podendo até passar do seguimento da corda.

entrelaçamento pelo seio e pelo chicote, respectivamente



Nós

São entrelaçamentos realizados no seio ou na extremidade de uma corda, com a finalidade de formar uma ou várias alças, assim  como também de fixá-la em um ponto adequado, seja provisório ou permanente.


Percentual de enfraquecimento das cordas em função dos nós empregados


O potencial de um nó, jamais poderá ser definido em razão de alguns fatores e condições:

- tempo de vida da corda;
- material de sua fabricação;
- condições em que a mesma está sendo conservada;
- a forma como ela está sendo aplicada.


Nós de encordoamento

É evidente a importância desses nós; devem ser bem confeccionados para favorecer a absorção de parte da energia ao apertar-se e para facilitar sua comprovação visual. Os nós de encordoamento deverão ser realizados até de olhos fechados e sem vacilo (sempre observar a sua confecção final). Um bom treinamento deixa o profissional ágil e esperto, não perde tempo e aumenta a sua confiabilidade na execução dos nós.
É importante lembrar que todo encordoamento feito deve ser revisado por um outro companheiro, pois todo sistema de encordoamento parte de manobras fáceis e repetitivas, nas quais, às vezes, a falta de atenção provoca erros incompreensíveis e, conseqüentemente, acidentes fatais.
Depois de utilizar o mesmo nó por várias vezes, é aconselhável desfazê-lo e refazê-lo para não colocar em risco a vida útil da corda utilizada.

Serão tratados a seguir alguns exemplos de encordoamento.


Nó oito pelo chicote

Nó confeccionado em um ponto de ancoragem ou na própria cadeirinha. É considerado o melhor encordoamento já utilizado em qualquer sistema. A perda de resistência da corda em função da aplicação desse nó é de (PR) de 45%.

nó oito pelo chicote


Nó lais de guia de dupla alça com reforço do cote

Nó que se desfaz com facilidade depois de receber forte carga.
Também poderá ser adequado para encordoar uma cadeirinha combinada com o arnês de peito, deixando uma alça para cada arnês observando o dobro de segurança. A perda de resistência da corda em função da aplicação desse nó é de (PR) de 47%.

forma de fazer o nó

Observação: o nó lais de guia simples (comum) apresenta perda de resistência (PR) de 48%.


Nó oito com duas alças

Nó complicado de ser confeccionado, porém é uma solução prática em alguns casos, como: aumenta uma cadeirinha estreita, quando não se ata em função do excesso de roupa ou por pessoas obesas, observando para ela deverá haver dois pontos para o encordoamento. O nó evita comprimir e manterá o arnês (cadeirinha) folgado.
O encordoamento com cadeirinha combinada de cintura e peito serve para instalar uma corda a dois pontos fixos sem o emprego de mosquetões.
A perda de resistência da corda em função da aplicação desse nó é de 45%.

forma de fazer o nó oito com duas alças


Encordoamento direto com o cabo (corda) pelo lais de guia

Se não dispomos de uma cadeirinha diante de uma eventualidade que poderá surgir, devemos conhecer métodos que nos permita improvisar um encordoamento com cordeletes, fitas auxiliares ou com a própria corda.
Para um terreno sensível e inclinado onde não exista a possibilidade de ficar suspenso, às vezes um simples encordoamento  com qualquer nó resolve o problema (oito ou lais de guia). Porém, para terrenos difíceis, o emprego desse sistema se torna muito perigoso.
Por isso, deve ser feito um sistema completo, sendo necessário de 5 a 6 metros de corda, veja como poderá ser realizado.

Atenção: qualquer sistema de encordoamento direto, por sua confecção artesanal, é incômodo e perigoso diante de uma queda grave ou por uma suspensão prolongada; somente deverá ser empregado em ocasiões excepcionais e devemos nos assegurar da sua perfeita confecção, já que, em caso de erro, o nó poderá deslizar.




Percentual de perda de alguns nós

Nó nove

É um nó idôneo para fixar cordas que vão suportar grandes
cargas ou choques bruscos, graças a sua excelente capacidade de absorção de energia; é ideal para fixar cordas estáticas. Faz-se dando uma volta a mais que o nó oito.
Apresenta uma perda de resistência da corda, em função da aplicação deste nó, é de (PR) 30%.

nó nove


Nó sete

Só serve para atar uma corda a outras ancoragens intermediárias. Deve ser posicionado na direção correta. Para dirigi-lo na direção desejada, deve começar orientando a alça inicial na direção oposta como vemos no esboço. É interessante seu uso em fracionamentos e seguranças em cordas fixas, pois divide a carga sobre a mesma corda.
Apresenta uma perda de resistência da corda, em função da  aplicação deste nó, é de (PR) 50%.

nó sete


Oito direcionado

Tem idêntica função e aplicação do nó sete; é mais resistente, porém mais difícil de memorizar. Nesse caso, a alça inicial deverá dar uma volta sobre o próprio cabo e no mesmo sentido que queremos orientar o nó.
Apresenta uma perda de resistência da corda, em função da aplicação deste nó, é de (PR) 45%.

nó oito direcionado


Oito com duas alças

Os nós com duas ou mais alças podem ter várias aplicações, uma das mais freqüentes é para distribuir a carga sobre as ancoragens em cabos fixos e outra forma é para a confecção de cadeirinha com a própria corda.
Confeccionado pelo seio do cabo, em forma de oito fazendo a passagem do seio por entre o segundo elo introduzindo a mão pela alça e pegando o seio passado pelo elo, joga a alça para traz do primeiro elo como se estivesse fazendo o balso pelo seio.
Apresenta uma perda de resistência da corda, em função da aplicação deste nó, é de (PR) 47%.

nó oito com duas alças


Nó oito pelo chicote (para unir dois cabos)

Nó polivalente para união de cordas de mesma bitola ou de
bitolas diferentes.
Para desfazê-lo com facilidade, posteriormente, podemos introduzir uma das extremidades dentro do nó como podemos ver na figura abaixo. Esse nó apresenta uma perda de resistência da corda, em função da aplicação deste nó, é de (PR) 45%.


nó oito pelo chicote

forma de confeccionar o nó oito pelo chicote


Nó pescador duplo

Forma-se com um duplo nó encaixado que se comprimem durante uma tração. Deve ser observado que ele se desfaz com bastante dificuldade.
Para desfazê-lo melhor, podemos dobrar uma das extremidades e introduzi-la no primeiro nó. É indicado para emendar cabos de diâmetro diferentes.
Apresenta uma perda de resistência da corda em função da
aplicação deste nó de (PR) 44%.

nó pescador duplo

maneira de como confeccionar o nó pescador duplo


Nó de fita

É um nó simples realizado pelas extremidades; o único indicado para unir fitas planas entre si.
Com fita tubular, esse nó poderá ser feito da mesma maneira ou introduzindo uma extremidade (uns 25 cm) dentro da outra, realizando, previamente, uma meia volta e depois passando a outra extremidade  pelo seu interior. Também chamado de nó americano, sua resistência aumenta em 20%. Deverá ser observado com freqüência (como os outros nós) já que existe uma parte não visível. Devemos revisá-lo constantemente dentro da nossa rotina de trabalho.
A perda de resistência da fita, em função da aplicação desse nó, é de (PR) 66%.

visualização da confecção do nó de fita


Bombeiroswaldo...

Tabela empregada para o nó prusik

Como o diâmetro mínimo de uma corda estática a ser utilizada em descidas e ascensões é de 9 mm e o da corda auxiliar (cabinho) para prusik é de 6s mm, a União Internacional das Associações de Alpinistas (UIAA), organismo internacional que normatiza técnicas e equipamentos utilizados nas atividades esportivas e profissionais em cavernas e montanhas, convencionou que o ideal é uma diferença mínima de 3 mm entre a corda principal e a do nó blocante. Essa regra também se aplica à maioria dos outros nós, com algumas exceções como o Tautline que pode ser confeccionado com uma corda do mesmo diâmetro da principal quando esta estiver esticada, conforme informações da National Speleological Society.
Veja no capítulo XII as descrições das técnicas de ascensão
empregadas com o emprego desses nós.

Bombeiroswaldo...

Nós bloqueadores mais utilizados

Não há registros exatos do surgimento dos primeiros nós bloqueadores. Sabe-se que, em 1931, o Dr. Prusik publicou, em um jornal austríaco especializado em montanhismo, uma nova técnica de ascensão em cordas, utilizando duas outras cordas menores e de menor bitola como degraus, amarradas a corda principal por um nó bloqueador, o qual recebeu seu nome e se tornou o mais popular e mais utilizado até hoje por falta da aquisição dos materiais bloqueadores mais recentes empregados.
O Dr. Karl Prusik morreu em 1961, com 65 anos de idade, foi duas vezes presidente do “Austrian Moutaineering Club” e conquistou, em média, 70 novas rotas de montanhas, nas quais empregou, em suas escaladas, as novas técnicas conquistadas.
Existe uma grande quantidade de nós bloqueadores (blocantes), ou seja, nós que, quando confeccionados em volta de uma superfície cilíndrica, de preferência em outra corda, caracterizam-se por não escorregarem (deslizarem) quando puxados pela(s) sua(s) extremidade(s), porém, quando eles se encontram ligeiramente folgados, forçá-lo(s) pelas suas voltas, que estão em contato com a corda principal, deslizam com facilidade.


       Nas figuras acima, respectivamente: nó prusik, marchand e tautline


É evidente que a corda utilizada para a confecção do nó blocante tem de suportar, com tranqüilidade, o esforço exigido durante o trabalho. No caso de uma ascensão, podemos citar, como exemplo, o peso do escalador.
Essa corda empregada para as blocagens em geral, principalmente para ascensão, foi estipulada para ter bitola de ¼ polegada, ou seja, 6,4mm, conforme informações publicadas pela Pigeon Mountain Industries (PMI), indústria de cordas sediada na cidade de LaFayete, Geórgia. Como a unidade de medida mais utilizada atualmente é o milímetro (mm), ocorreu um arredondamento da medida para 6 mm. Essas cordas chegam a suportar, em média, uma tração de 400 Kgf.
Os cordeletes com bitolas inferiores a 7mm são chamados de cordas auxiliares e popularmente de “cabinho”.
Para que a eficiência do nó blocante seja maior é necessário que a corda utilizada para a confecção do nó tenha, no máximo, 70% do diâmetro da corda em que se fará a ascensão ou tração.


Bombeiroswaldo...

Rapel - Técnicas de inserção da corda nos aparelhos


introdução do mecanismo de auto-bloqueio na corda

utilizando cordas de diâmetros pequenos, inserir um mosquetão nos furos superiores

introdução do blocante ventral (peitoral) na corda

utilização do mecanismo de autobloqueio unido ao ventral

utilização do mecanismo de autobloqueio como auto-segurança

utilização de mecanismo de auto-bloqueio em cabo têxtil fixo

para fazer deslizar o mecanismo de auto-bloqueio para baixo, abrir agindo no dente, nunca no dispositivo de segurança para evitar a saída da corda

Atenção! nunca empurrar o mecanismo de auto-bloqueio contra um nó, caso contrário, jamais poderá abrir o sistema.





nos percursos (transposições) inclinados, é preciso que o corpete (arnês de peito) esteja ligado à corda principal por meio de um mosquetão com uma virola (pequena fita costurada)

 exemplos de levantamento mediante mecanismo de auto-bloqueio

perigo! nunca usar o mecanismo ventral sem a parte superior do corpete (arnês de peito) de escalada


Bombeiroswaldo...

Procedimentos de amarzenamento, manutenção e emprego

Nas figuras acima mostram as partes à olear ou grafitar (A = dente; B = dispositivo de segurança).

Na figura acima mostra o mecanismo de auto-bloqueio com punho (podendo ser móvel ou não) com tamanho ideal para uma boa empunhadura, principalmente para o uso com luvas, ideal para alpinismo

A figura acimamostra o mecanismo de auto-bloqueio com punho menor para atividades de espeleologia, esses punhos, normalmente, são menores

Na figura acima mostra-se o mecanismo de auto-bloqueio com punhos móveis, grandes e pequenos, para serem usados com duas mãos

Atenção: ao utilizar as pegas (punhos) móveis, aperte bem os parafusos com as chaves entregues com os equipamentos e, antes de qualquer utilização, controle o aperto para não espanar as roscas.

Figuras A, B e C: mecanismo de auto-bloqueio com punho fixo

Mecanismo de bloqueio ventral





Informações gerais

Antes da utilização desses materiais, controle e certifique-se de que eles estejam em ótimas condições, que funcionem corretamente e que seja idôneo para uso destinado. É sempre recomendado um apurado controle e registro, com cadência ao menos anual, por parte de pessoas competentes.

Na existência de dúvidas sobre as condições de segurança e de eficiência de qualquer produto, substituí-lo imediatamente; tenha sob seu controle o uso dos bloqueadores. Verifique a zona dos mordentes e orifício interior usado para o engate de seus conectores (mosquetões).

Certifique-se que as instruções para outros componentes usados em conjunto a esses produtos sejam compatíveis. Não esquecendo que é de responsabilidade do usuário atender ao uso correto desses materiais.

Esses produtos foram estudados para o uso em espeleologia, alpinismo, incluída a escalada, nas condições normais climáticas normalmente suportáveis ao homem.
A resistência das ancoragens naturais ou não, não poderá ser garantida a priori, portanto, é indispensável o julgamento do usuário para se obter uma adequada proteção.

A posição de ancoragem e a fixação da corda na mesma ancoragem são fundamentais para a segurança da queda. É
necessário levar em consideração a altura da queda que e o
alongamento/elasticidade da corda evitando eventuais obstáculos.

A sua vida depende do seu equipamento. O usuário deve conhecer sempre o histórico do material (uso, armazenamento, controles, etc). Se os equipamentos não são de uso pessoal, as atenções e cuidados devem ser redobrados e a sua inspeção deve ser executada com competência.

Nenhuma responsabilidade será reconhecida pelos fabricantes desses materiais por danos, lesões ou mortes, por uso impróprio ou por artigos modificados ou consertados por pessoas não autorizadas.
Não se faz necessária nenhuma precaução particular quanto ao transporte desses materiais, todavia devem ser evitados contatos com reagentes químicos ou outras substâncias corrosivas e, sbretudo, quedas.


Manutenção e armazenamento

O usuário jamais deverá efetuar qualquer tipo de manutenção, mas se limitará a limpeza e a lubrificação dos produtos.
Será recomendada a limpeza principalmente após o uso desses materiais em ambientes salinos.

Limpeza: se o produto estiver sujo, lave e enxágüe com água potável e, de preferência, morna (máx. de 40º C), eventualmente adicionada a um detergente (sabão neutro). Deixe esses materiais enxugarem-se naturalmente longe de fonte direta de calor.

Lubrificação: utilize óleo à base de silicone para lubrificar o mecanismo da alavanca. Essa operação deverá ser efetuada após a limpeza e quando o produto estiver completamente seco.
Normalmente, esse processo é feito com pó de grafite para não empreguinar a corda com óleos lubrificantes.

Desinfecção: deixe o produto imerso por uma hora em água morna (máx. 20ºC) com a adição de um desinfectante que contenha sais de amônio quaternários em quantidade apropriada, depois enxágüe com água potável.

Armazenamento: após a limpeza, enxutos e lubrificados, deposite os conectores soltos em lugar seco, fresco e escuro (evitar radiações U.V.), quimicamente neutro (evitar absolutamente ambientes salinos), longe de ângulos cortantes, fontes de calor, umidade, substâncias corrosivas ou outras possíveis condições que possam danificar esses produtos. Não armazená-los molhados.

Duração do produto: é difícil estabelecer a duração desses produtos, porque vai depender do seu emprego e do armazenamento.
Em linha máxima, calcula-se que seja por volta de 3 anos para a sua utilização em alpinismo e de 2 anos para uso em espeleologia. Existem causas que podem limitar a duração em até uma única vez, como, por exemplo, uso incorreto, a interrupção de uma forte queda, uma deformação mecânica, uma queda acidental de uma determinada altura, o mal funcionamento do dispositivo do fecho, a contaminação química, a exposição ao calor acima das normais condições climáticas (máx. 50º).

Observação: não deixe os equipamentos expostos ao sol dentro de automóveis. Todos os bloqueadores produzidos estão em conformidade com a normativa CE e são também marcados UIAA (União Internacional das Associações de Alpinismo).


Bombeiroswaldo...